Sobre o CMPA
O CMPA é subordinado a Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial (DEPA), sendo esta subordinada ao Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx). Suas finalidades são:
- Atender ao ensino assistencial para os dependentes de militares do Exército e de outras Forças;
- Ministrar o ensino fundamental e médio a alunos de ambos os sexos;
- Atender, também, o ensino fundamental e médio para os filhos de civis.
- Desenvolver nos alunos o sentimento de amor à Pátria e o culto de suas tradições;
- Assegurar preparo intelectual necessário à continuidade dos estudos em níveis superiores;
- Aprimorar as qualidades físicas do educando;
- Desenvolver sadia mentalidade de disciplina consciente;
- Desenvolver a capacidade de pensar do educando;
- Despertar vocações para a carreira militar no Exército;
- Preparar candidatos para o ingresso na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx);
A proposta pedagógica do SCMB (Sistema Colégio Militar do Brasil) tem como meta principal, proporcionar uma educação integral que ofereça aos jovens a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realização, qualificação para o trabalho e preparo para o exercício consciente da vida de cidadão brasileiro.
Os fundamentos do ensino buscam atingir os objetivos principais nos cursos fundamental e médio, a seguir descritos:
a. permitir ao aluno desenvolver atitudes e incorporar valores familiares, sociais e patrióticos que lhes assegurem um futuro de cidadão cônscio de seus deveres, direitos e responsabilidades, qualquer que seja o campo profissional de sua preferência;
b. propiciar ao aluno a busca e a pesquisa incessante de informações relevantes, desenvolvendo dessa forma, a autonomia, valorizando suas experiências, conhecimento prévio e a relação professor-aluno e aluno-aluno;
c. valorizar a interação discente como instrumento de desenvolvimento pessoal, considerando diferenças individuais, contribuições, respeito a regras coletivas e atitudes que propiciem o desenvolvimento da autonomia no grupo;
d. desenvolver no aluno a visão crítica dos fenômenos políticos, econômicos, históricos, sociais e científico-tecnológicos, objetivando-os, pois, a aprender para a vida e não mais, simplesmente, para fazer provas;
e. preparar o aluno para refletir e compreender os fenômenos e não para memorizá-los;
f. capacitar o aluno à absorção de pré-requisitos fundamentais ao prosseguimento dos estudos acadêmicos e não de conhecimentos supérfluos que se encerrem em si mesmos;
g. estimular o aluno para a saudável prática da atividade física, buscando o seu desenvolvimento físico e incentivando-o à prática habitual do esporte.
A Proposta Pedagógica do SCMB será plenamente atingida quando o aluno incorporar atitudes educacionais, desenvolver valores e compreender que é responsável pelo seu auto-aperfeiçoamento. O aluno concludente do Sistema estará preparado para vencer em qualquer atividade profissional que escolher, segundo as tradições e valores morais, culturais e históricos praticados no Exército.
O aluno educado no SCMB aprende a pensar.
Colégio Militar de Porto Alegre
"Colégio Casarão da Várzea"
História e Características
Síntese Histórica
O Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) foi criado pelo Decreto nº 9.397, de 28 de fevereiro de 1912, sendo Presidente da República o Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca e Ministro da Guerra o General-de-Divisão Adolfo da Fontoura Menna Barreto. Seu aniversário é comemorado em 22 de março, data em que houve a primeira aula.
O portentoso prédio em que funciona faz parte do patrimônio histórico da cidade de Porto Alegre desde sua fundação em 1872. A bela arquitetura que o caracteriza, onde predomina o estilo neoclássico, mudou a "fisionomia" da várzea onde foi construído, criando um espaço onde questões ligadas ao ensino e à vida da cidade, do Estado e do Brasil foram intensamente vividas por aqueles que circulavam pelas arcadas do "Velho Casarão da Várzea". Constituído, inicialmente, de um quadrilátero térreo e cinco “castelos” de dois pisos, o prédio foi aumentado de um piso em três fases distintas: 1914/15, 1936/37 e 1969/70. As estátuas de Marte/Ares (deus da guerra) e Minerva/Atena (deusa guerreira da sabedoria), existentes no seu frontispício, são as maiores estátuas de adorno de Porto Alegre e foram colocadas quando da primeira ampliação em 1914/15.
O torreão existente sobre o Salão Nobre do CMPA é chamado de torre-lanterna, ou simplesmente de lanterna, tendo sido colocado para simbolizar "a lanterna do saber com que os antigos Mestres conduziam seus discípulos pelas trevas da ignorância". A iluminação colocada em fins de 2006, ressaltando a lanterna, os deuses e a Bandeira Nacional, tornou-se um espetáculo noturno na cidade.
Várias instituições de ensino funcionaram no edifício da atual Avenida José Bonifácio: a Escola Militar da Província do RS (1883-88), a Escola Militar do Rio Grande do Sul (1889-1898), a Escola Preparatória e de Táctica (1898 e 1903-05), a Escola de Guerra (1906-11), o Colégio Militar de Porto Alegre (1912-1938), a Escola Preparatória de Porto Alegre (1939-61) e, novamente, o Colégio Militar de Porto Alegre, desde 1962.
É necessário esclarecer que as origens da Escola Militar remontam ao ano de 1851, quando foi criado o Curso de Infantaria e Cavalaria da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Esta escola passou por várias denominações e sedes provisórias, até se fixar no local então conhecido como Várzea, Campos da Várzea, Várzea do Portão ou Potreiro da Várzea.
Durante essas várias fases, a contribuição de alunos e professores à comunidade rio-grandense foi intensa. Dos primórdios da antiga Escola Militar até o ano de 1911, pode-se destacar a atuação de várias personagens dessa instituição nas mais diferentes áreas.
Nas décadas de 70 e 80 do Século XIX, alunos, professores e instrutores da Escola Militar, direta ou indiretamente tiveram participação ativa em questões ligadas à abolição da escravatura e à proclamação da república. Entre estes, mencionam-se: os então Mal. José Antônio Corrêa da Câmara (redator da Lei Áurea), Cel. Fernando Setembrino de Carvalho, Cel. José Simeão de Oliveira, Cel. Dionísio Evangelista de Castro Cerqueira, Ten. Cel. Joaquim de Salles Torres Homem, Maj. Ernesto Augusto da Cunha Mattos, Maj. Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro e Cap. Adolfo da Fontoura Menna Barreto.
Professores da Escola Militar como Antônio Augusto de Arruda, Henrique Martins e Lannes de Lima Costa foram precursores na publicação de livros didáticos de suas disciplinas, na década de oitenta do século XIX.
Também na área da educação, é impossível deixar de mencionar a relevante atuação do Capitão João José Pereira Parobé, professor da Escola Militar do RS. Além de ter sido Deputado Estadual e Secretário de Obras do RS, esteve diretamente ligado à fundação da Escola de Engenharia em 1896, precursora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde foi diretor por dezessete anos. O Cap. Parobé também foi o fundador do Colégio Júlio de Castilhos, da escola técnica que hoje leva seu nome e de vários dos institutos da atual UFRGS. Por sua enorme colaboração para a educação do Rio Grande do Sul, o Cap Parobé constitui-se no maior expoente gaúcho nessa área. Da Escola Militar do RS também saíram, em 1896, os cinco tenentes professores que fundaram a Escola de Engenharia. De maneira semelhante, o primeiro reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) (anteriormente também reitor da UFRGS), Armando Pereira da Câmara, foi aluno do CMPA.
Ainda no campo da Educação, é lícito ressaltar que a Escola Militar foi o primeiro curso de ensino superior do Estado e que contribui de forma decisiva, através de seus fundadores e primeiros professores, para a criação e a evolução da UFRGS.
Nos campos do tradicionalismo e da etnografia, é notória a participação do Major João Cezimbra Jacques, instrutor da Escola Militar, idealizador e fundador do Grêmio Gaúcho em 1898, primeira entidade destinada ao estudo e ao culto das tradições rio-grandenses, motivo pelo qual foi consagrado como Patrono do Tradicionalismo Gaúcho. Cezimbra Jacques, autor de dezesseis livros que variaram entre a etnografia, antropologia, política e lingüística, produziu, ainda em 1883, a obra “Ensaio sobre os Costumes do Rio Grande do Sul”, estudo pioneiro sobre o assunto e base fundamental para aqueles que se dedicam a hoje estudar e pesquisar a etnografia gaúcha. É com orgulho, pois, que o Casarão da Várzea reivindica ser o berço do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Para continuar o culto às tradições gaúchas e honrar a memória do Maj. João Cezimbra Jacques, em 1985, sob a inspiração do então Capitão e tradicionalista Ivo Benfatto, foi fundado o CTG Potreiro da Várzea.
Também deve ser lembrado o 1º Tenente Otávio Francisco da Rocha, outro aluno e professor da Escola Militar que se destacou na administração pública como intendente de Porto Alegre, sendo dele os primeiros trabalhos de urbanização do Parque Farroupilha.
Pelas centenárias arcadas do Velho Casarão da Várzea transitaram, como alunos, oficiais ou praças, oito presidentes da república (João de Deus Menna Barreto, Getúlio Dornelles Vargas, Eurico Gaspar Dutra, Humberto de Alencar Castelo Branco, Arthur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Baptista de Oliveira Figueiredo), o que o fez ser alcunhado como "Colégio dos Presidentes", além de um primeiro-ministro (Francisco de Paula Brochado da Rocha), um vice-presidente (Adalberto Pereira dos Santos), vários heróis militares brasileiros (Mal. Câmara, Cel. Plácido de Castro, Mal. Mascarenhas de Morais, Gen. Góes Monteiro, Mal João N. M. Mallet e outros), vários ministros, governadores e ocupantes de outros altos cargos políticos, um elevado número de oficiais-generais e outros militares de destaque, eminências da vida civil em todos os campos do conhecimento, como o poeta Mário Quintana, o artista plástico Vasco Prado, o escritor e advogado Darcy Pereira de Azambuja, os ex-reitores da UFRGS Armando Pereira da Câmara e José Carlos Ferraz Hennemann, o presidente da Intel/Brasil Oscar Vaz Clarke e o vice-presidente mundial do Google Nélson Mendonça Mattos, além de outras destacadas personalidades que podem ser vistas no link “ex-integrantes ilustres”.
É relevante ressaltar que a primeira publicação das poesias de Mario Quintana e das gravuras de Vasco Prado foi feita nas páginas da revista Hyloea, em 1922 e 1933, respectivamente. A Hyloea - revista literária fundada em 1922 pelos alunos integrantes da então Sociedade Cívica e Literária - é até hoje publicada pelo CMPA.
Foi igualmente importante a contribuição da Escola Militar na vida cultural da cidade, por intermédio da circulação de revistas e pequenos jornais de estudantes, como "A Luz", "Ocidente", "A Cruzada" e, a mais importante delas, a “Hyloea” (ou Hiléia).
Além de estar vinculado umbilicalmente à fundação da UFRGS e do culto às tradições gaúchas, o Casarão da Várzea tem seu nome ligado também ao nascimento do futebol e do ensino esportivo no RS. Em 1910, quando da criação da Liga de Futebol de Porto Alegre, o primeiro campeão da cidade foi o "Militar Foot Ball Club", time dos alunos da Escola de Guerra, então sediada no Casarão da Várzea. Foi contra este mesmo time que o Sport Club Internacional obteve sua primeira vitória em 1909. Extinto em 1913, os jogadores do Militar foram ajudar a fundar o Esporte Clube Cruzeiro. Este clube foi campeão da cidade em 1918, 1921 e 1929 (quando obteve também seu único título gaúcho, jogando com um time misto, composto por alunos da UFRGS e do CMPA).
O Estádio Ramiro Souto, hoje situado no lado norte do Parque Farroupilha, foi construído em 1936 pelo CMPA, aproveitando instalações da Exposição Farroupilha de 1935. Esse estádio, com capacidade para cinco mil pessoas sentadas, era considerado o maior do RS e se situava onde está hoje o Monumento à Força Expedicionária Brasileira, dispondo inclusive de piscina para natação (atual lago retangular).
Ainda no campo esportivo, já na década de 40, o Capitão Olavo Amaro da Silveira, instrutor da Escola Preparatória de Cadetes, junto com outros oficiais e civis, fundava a entidade que é hoje a Escola de Educação Física da UFRGS, tornando-se seu primeiro diretor.
Outro fato que o distingue pelo pioneirismo educacional no Estado é o de, entre 1915 - ano em que a primeira turma de alunos se formou - e 1938 – quando foi transformado em Escola Preparatória de Cadetes – seus formandos receberem também o diploma de "Agrimensor", já saindo com uma profissão definida. Assim, o CMPA antecipou-se em mais de meio século à introdução do ensino profissionalizante na educação básica do Estado.
Atualidade
Atualmente, o CMPA é a única escola de educação básica do País a possuir um observatório astronômico (Observatório Capitão Parobé) dotado de um telescópio robótico de última geração. Construído em 2002, através de um convênio com a UFRGS, a USP e a Fundação Vitae, o observatório se destina a um ambicioso projeto multidisciplinar nacional que tem na Astronomia o mote para o estímulo ao aprendizado das ciências, da história, da geografia e das artes.
Nas férias de verão de 2002 e nas de 2003, através de um convênio com a 1ª DL e com a UFRGS, os alunos do Projeto de Potencialização e Enriquecimento (PROPEN), em iniciativa pioneira no Sistema Colégio Militar do Brasil, (SCMB), realizaram um curso e estágio remunerado na 1ª Divisão de Levantamento, o qual lhes proporcionou um certificado de extensão universitária em Geoprocessamento para Sistemas de Informação Geográfica expedido pela UFRGS, habilitando-os a uma nova profissão.
Dois de seus alunos classificaram-se para representar o Brasil na VII Olimpíada Internacional de Astronomia (VIII OIA), realizada na Rússia em 2002, repetindo o feito em 2005, com um aluno participando da X Olimpíada Internacional de Astronomia, realizada em Pequim, na China. Em 2008, novamente dois alunos foram selecionados, uma para a 2ª Olimpíada Internacional de Astronomia, em Trieste – Itália, e outro para a Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica em Bandung – Indonésia. Em 2009, um aluno foi selecionado como um dos cinco brasileiros a compor a equipe olímpica que disputou a 3ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, realizada Teerã no Irã.
O CMPA teve os únicos alunos gaúchos selecionados para cursarem a Escola do Espaço em 2001, a Escola Avançada de Física em 2003, a 1ª, a 3ª e a 5ª edições da Jornada Espacial em 2005, 2007 e 2009, todas no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Desde 2007, em iniciativa pioneira, o Clube de Química desenvolve o Projeto Biodiesel, o qual visa produzir biodiesel a partir da utilização do óleo de cozinha que foi utilizado no preparo das refeições. Em 2008 foi comprovada a viabilidade do combustível através de um teste de campo realizado com um trator agrícola e com um caminhão do Exército.
Seus formandos têm o mais alto índice percentual de aprovação no vestibular da UFRGS entre as escolas gaúchas (42% em 2005, 44% em 2006, 44,79% em 2007, 61,11% em 2008, 48,70% em 2009 e 57,45% em 2010).
Há vários anos, é uma das poucas escolas gaúchas a aprovar alunos para o Instituto Militar de Engenharia (IME), para o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), para a Academia da Força Aérea (AFA) e para a Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM).
Do "Colégio dos Presidentes" saíram as únicas duas gaúchas selecionadas para integrar as respectivas turmas pioneiras de mulheres da Aeronáutica: uma em 1996, para a Intendência da FAB, e a outra, em 2003, para realizar o curso de piloto de combate na Academia da Força Aérea Brasileira.
Em 2005, o Colégio obteve a primeira colocação entre todas as escolas gaúchas que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), sendo a única a obter média superior a 70 pontos, o que a incluiu entre o seleto grupo das escolas brasileiras com conceito “excelente”. Em 2006, novamente houve-se muito bem nessa prova, classificando-se como a melhor escola pública do Rio Grande do Sul e a 11ª em todo o País. Em 2007, foi destacado como o melhor colégio gaúcho e único a atingir 80 pontos ou mais nessa prova. Em 2008, obteve a melhor colocação entre as escolas públicas do Estado e a 17ª colocação entre as brasileiras, sendo a única gaúcha a atingir o nível de excelência (70 pontos ou mais). Em 2009, repetiu o feito do ano anterior.
Nos últimos anos, teve a satisfação de ver vários de seus alunos receberem medalhas de ouro, prata e bronze em olimpíadas intelectuais, como as de Matemática, Física e Química.
Em 2008 e 2009, os únicos gaúchos selecionados como Jovens Embaixadores junto aos Estados Unidos eram alunos do CMPA, e nesse país cumpriram quinze dias de atividades diplomáticas. O Colégio Militar também teve um dos cinco alunos gaúchos selecionados como Deputado Jovem junto à Câmara dos Deputados, lá passando uma semana em atividades legislativas.
Como reconhecimento às tradições e vitórias do Colégio Militar de Porto Alegre, o Exército outorgou-lhe, em 2005, a denominação histórica de “Colégio Casarão da Várzea”.
São feitos que orgulham os integrantes do Velho Casarão da Várzea, fazendo com que, apesar de todas as adversidades porventura encontradas, continuem a contribuir, através da educação em seu sentido mais amplo, para o engrandecimento do País. Assim, com base em uma tradição de eficiência, disciplina, valores morais, camaradagem, patriotismo e ensino de alto nível, o CMPA procura formar, não só o cidadão do amanhã, como também homens e mulheres aptos e dignos para serem os líderes que conduzirão os destinos da próspera Pátria com que todos sonhamos. Por essa presença marcante na vida regional e brasileira, o Colégio Militar de Porto Alegre, constitui-se hoje não apenas em um patrimônio de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, mas também de todo o Brasil.
Para preservar a história, as tradições e as glórias desta centenária escola, em 06 Fev 2003 foi inaugurado o Museu Casarão da Várzea, o qual passou a se constituir em legítimo acervo e referência para a pesquisa do ensino militar no Rio Grande do Sul.
Características
Tradicionalmente, o CMPA inicia seu ano escolar com cerca de 1100 alunos, sendo que, via de regra, aproximadamente 57% deles são meninos e 43% são meninas. O ingresso se dá no 6º Ano do Ensino Fundamental e no 1º Ano do Ensino Médio, através de concurso público aberto a toda a população. Em face do caráter assistencial da norma legal que rege todo o Sistema Colégio Militar do Brasil, os militares transferidos para a sua área de abrangência têm direito a pleitear matrícula direta para seus dependentes, submetendo-se, porém, à existência de vagas.
O Colégio Militar é mantido com verbas do Exército e sua estrutura administrativa (não-docente) é composta, prioritariamente, por militares, sendo uma escola que ministra a Educação Básica normal no País, com as particularidades previstas na Lei de Ensino do Exército. Apesar de seu nome, o CMPA não se dedica ao ensino das artes bélicas e nem visa unicamente à preparação para a carreira militar, sendo esta apenas uma opção de seus alunos.
O Colégio possui cento e vinte professores, dos quais setenta e cinco são civis concursados e quarenta e cinco são militares.
Entre os professores civis que não possuem dedicação exclusiva, vários lecionam também em outros colégios e faculdades de Porto Alegre e cidades vizinhas, possibilitando, assim, uma salutar e desejável interação com outras realidades escolares.
Possuindo cerca de 60% de mestres e doutores entre seus docentes, o CMPA busca e incentiva, incessantemente, o aperfeiçoamento profissional de seus professores.
Proposta Pedagógica
Seu diferencial educacional consiste no fato de possuir uma proposta pedagógica que o particulariza, na busca da almejada educação integral. O objetivo desta é, não só proporcionar uma sólida base em conteúdos disciplinares, mas também preparar o jovem para a vida cidadã que encontrará ao sair do Colégio, com todas as suas exigências em valores morais e afetivos, ordem, disciplina e respeito, mas sempre dentro de um clima de sadia amizade e sã camaradagem.
Seus professores estão adaptados à era do conhecimento, procurando interagir com seus alunos e se tornando seus facilitadores no processo do "aprender a aprender", tudo inserido no bojo da interdisciplinaridade e da contextualização tão necessárias ao momento educacional que vivemos.
Síntese de algumas razões do sucesso do CMPA
- Cerca 60% de seus docentes são mestres ou doutores. O Colégio busca e incentiva, incessantemente, o aperfeiçoamento profissional de seu corpo docente.
- A estrutura de ensino contempla um criterioso planejamento e organização do ano letivo e das avaliações. A existência de uma Supervisão Escolar, de Seções e Subseções de Ensino, de uma Seção Psicopedagógica e de uma Seção Técnica de Ensino fornece a infra-estrutura que suporta o rigoroso planejamento, organização e condução da educação.
- As provas bimestrais são confeccionadas pelos respectivos professores, mas passam por mais cinco crivos: chefe de Subseção (Cadeira), chefe de Seção de Ensino, Seção Técnica de Ensino, Subdiretor de Ensino e Diretor de Ensino. No final do processo, a prova não é apenas responsabilidade do professor, mas sim do Colégio Militar.
- À semelhança da vida cidadã futura que encontrará após sua formatura, os alunos são submetidos a um sistema meritocrático de merecimento, onde se destacam aqueles que mais se dedicam e estudam, bem como os que melhor se conduzem dentro dos parâmetros exigidos pelo Colégio. Dentro desse contexto é que existe o Batalhão Escolar, onde os alunos têm uma classificação hierárquica de grau, e a Legião de Honra, para a qual são convidados os que mais se destacam em comportamento, procedimentos e aplicação.
- A carga horária anual é superior à mínima estabelecida pelo MEC.
- Além dos conteúdos disciplinares, são oferecidas ao aluno atividades extra-classe, como: diversas modalidades de esporte, xadrez, astronomia, coral, banda de música, teatro, clubes de disciplinas (matemática, história, literatura, ciências, filosofia, etc.) e grêmios sócio-recreativos. É incentivada a participação em olimpíadas educacionais, como: astronomia, física, biologia, matemática, etc., e em projetos sócio-assistenciais de apoio a pessoas carentes.
- A adoção de uniforme para todas as atividades possibilita que os alunos se destaquem apenas pelo que verdadeiramente são, e não pelo que vestem ou ostentam.
- Alunos, profissionais ou grupos que obtenham qualquer tipo de atuação positiva destacada intra ou extra-Colégio, recebem o reconhecimento do CMPA através de destaque em reuniões de alunos, de profissionais ou de ambos, ou ainda a citação em Boletim Interno e/ou no Portal Internet da instituição.
- A educação não se limita aos conteúdos das disciplinas. São também trabalhados e cultuados valores, como: respeito, ordem, organização, honestidade, honra, princípios morais, lealdade e responsabilidade pessoal e social, mas sempre dentro de um clima de amizade e camaradagem. Esse fato motiva uma forte e perene ligação afetiva entre alunos e ex-alunos com o Colégio Militar.
- A educação está baseada na harmonia e interação, profícua e constante, entre três vetores: escola, aluno e família.
- Historicamente, o CMPA trabalha com cerca de trinta alunos em cada sala de aula, admitindo, em casos excepcionais, um máximo de trinta e cinco alunos, possibilitando ao professor controlar e acompanhar o processo individual de ensino/aprendizagem.
- O Colégio possui uma excelente infra-estrutura de apoio, alicerçada na administração militar. Como integrante do Sistema Colégio Militar do Brasil, beneficia-se da troca de experiências e vivências, educacionais e administrativas, entre os doze colégios militares que compõem o sistema.
- A existência da Associação dos Amigos do Casarão da Várzea (AACV), congregando pais, alunos, ex-alunos, professores, funcionários e amigos do CMPA, apóia, de forma decisiva e fundamental, as iniciativas educacionais, sociais e culturais empreendidas pelo Colégio e por seus integrantes.
- O Casarão da Várzea possui 98 anos de tradição como colégio e 138 anos como escola, tendo um extenso rol de ex-alunos que se destacaram no cenário nacional. Durante esse longo período, forjou-se a tradição de um ensino de excelência, a qual implica em maior responsabilidade para os alunos e profissionais de hoje.
- Muitos dos profissionais são ex-alunos, o que traz uma relação afetiva que potencializa as atividades e relações profissionais.
Fonte: Cel R/1 PTTC Leonardo Roberto Carvalho de Araujo - Historiador do CMPA, Coordenador do Museu Casarão da Várzea, Chefe do Projeto de Potencialização e Enriquecimento (PROPEN) e Oficial de Comunicação Social.
CMPA: FORMANDO HOJE O CIDADÃO DO AMANHÃ!
Descrição Heráldica
“Escudo peninsular português, filetado de dourado, chefe cortado de duas faixas, sendo a superior de vermelho e a inferior de azul-celeste, cores representativas do Exército, sobre as quais está inscrito, em caracteres de branco, filetado de dourado, a designação do Estabelecimento de Ensino; campo de azul-turquesa, com duas diagonais em forma de faixa, nas cores amarelo, verde e amarelo (cores nacionais), sendo a interna a soma das externas, em cujo centro, assenta-se uma cruz no modelo da tradicional “Cruz de Avis”, com os quatro braços iguais, de branco e filetada de ouro, sobreposta por uma estrela de cinco pontas, de vermelho, filetada de prata, que contém em seu interior, um castelo, de prata, símbolo de Colégio Militar”.
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